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sábado, 23 de junho de 2012

Quartos de Final: Alemanha 4-2 Grécia

Khedira deitou água na fervura

Não houve surpresa em Gdansk. 93% dos leitores da página oficial da UEFA apostaram numa vitória germânica e não se enganaram. Joachim Löw surpreendeu ao lançar de início Schurrle, Reus e Klose, fazendo descansar o artilheiro da fase de grupos (Mario Gomez), Müller e Podolski. Fernando Santos, com menos opções viáveis para lançar, procurou cozer a manta como pôde, dispondo uma formação encolhida no terreno de jogo, "abandonando" na frente Samaras e Salpingidis.

Conforme se previra, começou a mannschaft desde cedo à procura de resolver o encontro; da equipa que em 2004 silenciou o Estádio da Luz apenas Katsouranis sobrevivia no onze de hoje, mas o exemplo de coesão defensiva dado nesse europeu, aliado ao percurso grego na presente edição, aconselhavam uma resposta célere para a questão. Klose, logo no primeiro minuto, escorregou na cara do golo. Lahm e Boateng iam emprestando ao ataque maior profundidade e Özil municiava com mestria as peças mais adiantadas (coroou a sua exibição com duas assistências); a equipa helénica, plena de vontade de vencer por todos os motivos e mais alguns, viu-se encostada às cordas. Faltava "apenas" uma coisa: um golo no marasmo de desperdício instalado. Sifakis foi adiando esse desiderato até bem perto do intervalo, altura em que, numa das incontáveis incursões ofensivas, o baixinho Philip Lahm disferiu um excelente remate de fora da área. 1-0 e porta aberta para um resto de jogo sem réstias de sobressalto.

O discurso do treinador português ao intervalo há-de ter acicatado, de algum modo, a alma grega. Por entorpecimento alemão ou por incremento de matreirice típica de quem tem menos armas para chegar a um determinado objectivo, as unidades adiantadas da turma grega. Já com Gekas em campo, aproveitou Salpingidis uma situação de maior liberdade na direita para, com um passe magistral, oferecer o empate a Samaras. O homónimo do recém-eleito primeiro ministro fazia renascer a esperança na acrópole. Qual foi o problema? Estar do outro lado a selecção alemã, fria como gelo. Bastaram seis minutos para que a justiça fosse reposta. E de que maneira. Khedira, com uma excelente finalização, devolveu a vantagem à sua equipa e dissipou eventuais dúvidas que pudessem restar quanto à equipa mais forte desta parelha. Klose, aos 68', fez em definitivo respirar Angela Merkel, aproveitando uma saída algo precipitada de Sifakis. Até ao final, ainda houve tempo para Reus - excelente exibição - deixar a sua marca no marcador e Salpingidis fazer o primeiro golo de grande penalidade deste campeonato da Europa.

Tal como nos planos político e sócio-económico, também no futebol a Alemanha puxou dos galões para se superiorizar à Grécia. Os primeiros defrontarão Itália ou Inglaterra, que jogam no Domingo. Já os Gregos, eliminados, podem orgulhar-se da prestação da sua equipa nacional, que foi capaz de combater as inúmeras adversidades que foram surgindo sucessivamente. O grupo A fica assim sem representantes.

 

 

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