O que achou da prestação de Portugal no Euro 2012?

Wimbledon 2012: Federer e Serena Williams mandam no relvado britânico

"The Return of the King", inscrição ostentada por um fã do astro suíço do ténis presente nas bancadas do court principal de Wimbledon, diz muito daquilo que foi o percurso de Roger Federer nesta edição do open britânico. Depois de ultrapassar vários problemas físicos durante boa parte da prova, de ter encontrado o temível Novak Djokovic nas meias, não se pode dizer de modo algum que a sua missão na final se revestiria de facilidades. Andy Murray tinha toda a Grã-Bretanha do seu lado. No exterior do recinto, milhares acompanharam as incidências do encontro através de um ecrã gigante. Afinal, tratava-se da primeira vez desde 1936 que um súbdito de Sua Majestade se qualificava para a final de Wimbledon.

O escocês até começou melhor: 6-4 no primeiro set. No entanto, o talento natural, a garra e a experiência de Federer permitiram-lhe dar por completo a volta aos acontecimentos no Centre Court, acabando por vencer por 3-1 (7-5, 6-3 e 6-4) ao fim de pouco mais de três horas. Murray, chamado a discursar na cerimónia protocolar, desfez-se em lágrimas. "He's not bad for a thirty year old"(sobre Federer), disse emocionado o mais bem sucedido tenista britânico desde Tim Henman na década de 90. O suiço, numa mostra de fair play, "garantiu-lhe", em resposta, que haveria de chegar a sua hora de vencer uma prova de Grand Slam.

Com o triunfo de ontem - o 17º nas big four - Roger voltou a ascender ao primeiro lugar do ranking ATP, batendo o record de Pete Sampras de 286 semanas como líder mundial, carimbando a sua 7ª conquista de Wimbledon. É obra.


No Sábado, o clã Williams garantira mais um prémio para a sua extensa galeria. Serena, ao contrário de Venus, sua irmã, que caíra logo na primeira ronda, voltou a gravar o seu nome em letras douradas em solo inglês. Na partida decisiva, encontrara uma motivada Agnieszka Radwanska, que vendeu cara a derrota. O jogo só seria resolvido na "negra", com os parciais de 6-1, 5-7 e 6-2 a favor da norte-americana.

Foi a quinta vez que Serena Williams se sagrou "rainha dos relvados". Viktoria Azarenka foi uma das principais beneficiárias deste desfecho, uma vez que passou a ocupar o topo do ranking WTA, por troca com Maria Sharapova. 

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Ian Thorpe: O torpedo australiano!



Ian Thorpe, o nadador mais bem sucedido da Autrália, é uma referência incontornável das piscinas a nível mundial, mais concretamente quando falamos das provas de 200 e 400 livres.
5 vezes campeão olímpico (num total de 9 medalhas), este nadador foi um verdadeiro fenómeno, conseguindo proezas verdadeiramente inacreditáveis! Por exemplo, em campeonatos do mundo, Thorpe conquistou 11 medalhas de ouro, 6 delas num único campeonato, em 2001!
Mas há mais! Falamos aqui do nadador mais jovem de sempre a ganhar uma prova num campeonato do mundo, com apenas 15 anos, em Perth 1998, dando início a um reinado único nos 400 livres. É que, depois desta primeira vitória, Thorpe venceu todas as provas de 400 livres em que participou até aos J.O. de 2004! 6 anos sempre a vencer, competindo ao mais alto nível, é obra!
Além disso, é também o único nadador a ter conquistado medalhas olímpicas nas provas de 100, 200 e 400 livres, uma tarefa praticamente impossível, dada a diferença existente entre as provas.
Entre provas individuais e estafetas, bateu 23 recordes mundias, sendo considerado pelo universo da natação como o melhor nadador de meio fundo de sempre! Tanto assim que Bob Bowman, director técnico da selecção dos EUA e treinador de Phelps, afirmou que Thorpe foi sem dúvida o melhor meio fundista de sempre, tendo transportado a natação mundial para outra dimensão, e permintindo a Phelps seguir um caminho semelhante, no sentido de dar continuidade à evolução iniciada pelo australiano.

Infelizmente terminou a sua carreira de forma algo prematura no ano de 2006, alegando algumas lesões e uma suposta falta de motivação em continuar a treinar de forma tão intensa, depois de ter já conquistado tantos e tantos títulos. Ainda ensaiou um regresso, tentanto a qualificação para os J.O. de Londres mas não conseguiu a qualificação nos trials. Ficam as suas brilhantes exibições e demonstrações de poder dentro de água, tanto em campeonatos do mundo como em J.O., assim como a lembrança dos grandes duelos travados com o gigante holandês Hoogenband! Sem dúvida que, quando pensamos numa grande competição desportiva como são os olímpicos, temos em mente assistir às prestações destes grandes atletas, que modificam por completo a realidade de uma determinada modalidade.

Quanto ao Pé d´Atleta, o melhor nadador de 200 e 400 livres de sempre!
O melhor é mesmo ver!




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Movimentações no Mercado: Futebol Nacional (2)

Jackson Martinez (Jaguares - FCPorto)



O avançado colombiano chega ao Dragão proveniente dos mexicanos do Jaguares e vai assinar por quatro temporadas.
Os dragões pagaram 11 milhões de dólares (8,8 milhões de euros) pelo passe de Martínez, com este a ficar com uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros.
Jackson Martinez vem com a difícil missão de fazer os adeptos portistas esquecerem Radamel Falcao, algo que não foi conseguido na época transacta por Kléber, Walter e Janko.
Com 25 anos, tem a sua primeira experiência na Europa, depois de três temporadas ao serviço do Jaguares, do México. Na época 2011/2012 marcou 19 golos no campeonato mexicano.


Sunil Chhetri (Mohun Bagan AC - SportingCP)

Uma contratação que apanhou todos os adeptos do futebol português, e não só, de surpresa. Completamente inesperado, o SportingCP foi recrutar um jogador que actuava no campeonato indiano!!! 
O capitão da selecção indiana é avançado e deverá ser utilizado na equipa "B" leonina.
A transferência de Chhetri reveste-se de uma componente comercial assumida, uma vez que abre a porta a um “mercado estimado pela FIFA em mais de 20 milhões de praticantes.” A perspetiva de retorno, aliás, não é exclusiva do Sporting, razão pela qual a parceria mereceu o empenho pessoal do presidente da federação indiana (e ministro das indústrias e obras públicas), Praful Patel, interessado em projetar a modalidade.


Antunes (Roma - Paços de Ferreira)

Internacional português, de 25 anos, volta ao clube que o lançou no escalão máximo do futebol português.
Quando, na época 2006/2007, Antunes despontou na equipa do Paços de Ferreira, augurou-se um futuro promissor para o lateral formado no Freamunde. Possuía a grande vantagem de ocupar um lugar onde existem poucas soluções credíveis, a de lateral esquerdo, e foi logo nesse ano chamado à selecção "AA" portuguesa. Na época seguinte surge a transferência para a ASRoma, um grande do futebol italiano.
No entanto, a experiência de Antunes não correu como previsto. Emprestado a Leixões, Livorno e Panionios, acrescentando à saída das escolhas dos seleccionadores nacionais, volta agora a "casa", numa tentativa de relançar a carreira. Atendendo à sua idade, parece ainda ir a tempo de ter, pelo menos, mais uma oportunidade nesse sentido.
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Feedback dos leitores - o problema da selecção e do jogador português.

"Gostaria de perceber a douta opinião de "O Pé d'Atleta" sobre o futuro da nossa selecção. Acham que vamos ter uma selecção mais forte ou mais fraca que a actual, tendo em conta as camadas jovens do nosso futebol? O que dizer da proibição dos empréstimos entre clubes do mesmo escalão: mais transparência desportiva ou prejuízo para a formação de jovens atletas? As equipas B atenuaram os efeitos desta medida? Nuno Paixão"

Antes de mais, parece-nos claro que a selecção nacional de futebol, num futuro próximo, vai ter problemas em renovar-se: Pepe e Bruno Alves estão bem perto da casa dos 30 e não se lhes vislumbra um claro sucessor; João Pereira também já não está longe dessa idade, bem como Raul Meireles; a posição de ponta-de-lança é uma lacuna que tardamos colmatar. Ora, se em 2014 ainda poderemos levar ao Brasil um grupo forte, depois dessa competição o futuro é uma perfeita incógnita. No momento actual são raros os jovens jogadores portugueses em processo de afirmação em clubes que os possam catapultar para a ribalta do futebol europeu. A excepção será talvez Nelson Oliveira (veremos como vai correr a sua época no Benfica), mas é curto.

Num país com apenas 10 milhões de pessoas é natural que, de tempos a tempos, estas crises de renovação de gerações aconteçam, pelo que não será de espantar que a partir do Mundial do Brasil se assista a um hiato em termos de participações bem sucedidas em grandes competições. Mas a verdade é que em Portugal se trabalha muito bem na formação dos jovens atletas tanto a nível dos clubes como nas selecções (há muito talento), pelo que os adeptos lusos podem ter esperança num futuro auspicioso - já chamámos a atenção para isso aqui. A questão está em saber como é que pode ser aproveitado o potencial dos futebolistas que formamos, e de que forma é que se pode garantir que eles, numa primeira fase, têm os minutos necessários à aquisição da fundamental experiência de que precisam para singrar no escalão sénior.

Neste ponto, parece-nos fundamental a criação das equipas B. Os chamados "clubes grandes", mas também o Braga, o Vitória e o Marítimo (veja-se o aproveitamento brilhante que Pedro Martins fez da sua equipa B este ano) têm constantemente jogadores de qualidade nas suas camadas jovens que depois acabam por se andar a "arrastar" por divisões secundárias sem o devido acompanhamento. Ora, com as equipas B isto deixa de acontecer, uma vez que estas permitem um 2 em 1: os melhores jogadores saídos dos júniores têm logo à partida um patamar competitivo elevado e são acompanhados em instituições que lhes proporcionam mais e melhores condições para o seu desenvolvimento. Resta saber se, depois de brilharem numa equipa B, os jovens portugueses terão as que merecem nas equipas principais...

Depois, há a tão falada proibição de empréstimos a clubes do mesmo escalão. Dramático, pensará o leitor. A curto prazo, sem dúvida. Mas a 10/15 anos será uma forma de termos na nossa liga 70% a 80% de jogadores portugueses e, por conseguinte, aumentarmos a prospecção para a selecção principal. E porquê? Porque esta medida evita a contratação em massa por parte dos clubes que agora "minam" quase todos os clubes com jogadores seus e que sabem que, logo à partida, não terão potencial para vestir as cores dos seus emblemas - deixam de ter clubes para os colocar. Desta forma, os clubes mais modestos serão praticamente obrigados a utilizar jogadores vindos das suas camadas jovens, tal que os custos com contratações de jogadores (designadamente sul-americanos) são superiores. E porquê? Porque os negócios de empréstimos com os "grandes" representam normalmente uma situação de win-win: os grandes encontram clubes competitivos para poderem fazer rodar os seus jogadores, e os pequenos livram-se, na maioria das vezes, de um ordenado  - que é pago por quem tem interesse em emprestar - e conseguem colmatar lacunas nos seus plantéis. No contexto de eterna crise por que passam os clubes nacionais, estes terão quase obrigatoriamente de se virar para dentro, com as consequências (positivas) que já adiantámos.

Problemas: o jogador português de qualidade média terá de sair para o estrangeiro. Se não tem espaço num clube grande nem pode ser emprestado a um clube da 1ª liga, fica sem soluções; a curto prazo, os clubes pequenos ficarão ainda menos competitivos, o que acentuará as desigualdades entre os 5/6 primeiros classificados e os restantes; se estas medidas não forem acompanhadas de outras (como por exemplo a obrigatoriedade de utilização de determinado número de jogadores portugueses nas convocatórias) corremos o risco de ver muitas equipas com o seu 11 inicial composto quase só por estrangeiros (nos grandes isso já se verifica).


O Pé d'Atleta
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Movimentações no Mercado (6): Futebol Internacional

Clarence Seedorf (A.C. Milan - Botafogo)


Novo rumo da carreira deste genial médio holandês depois de 10 épocas no Milan, ao serviço do qual venceu tudo o que havia para vencer!
Aos 36 anos, certamente que Seedorf já não terá para oferecer aos adeptos o seu melhor futebol. No entanto, a qualidade está lá! A incrível capacidade no controlo de bola, no posicionamento ou no passe não foram embora. Ainda mais se tivermos em consideração que o campeonato brasileiro não prima pela velocidade e ritmo de jogo elevados e que o holandês vem habituado a um grande nível competitivo, com jogos no campeonato italiano e na Liga dos Campeões.
Por curiosidade, diga-se que Seedorf é o único jogador a vencer a Liga dos Campeões em representação de 3 clubes diferentes: Ajax, Real Madrid e Milan.
Desta forma, o Pé d´Atleta acredita que o Botafogo ainda vai ter alegrias com este reforço, que, não obstante a idade, vai representar um acréscimo de qualidade no sector intermédio da equipa. Boa contratação!

Pavel Pogrebnyak (Estugarda - Reading)


Esta transferência, quanto a nós, merece ser notícia porque demonstra na perfeição o poderio económico das equipas inglesas. O Reading, recém promovido à Premier League, consegue contratar um avançado que, não sendo um jogador do outro mundo, é internacional russo(esteve no Euro 2012), possante, com experiência de liga inglesa (jogou no Tottenham e no Fulham). De facto, Pogrebnyak, de 28 anos, surge como uma excelente opção para uma equipa que tudo fará para se manter no escalão mais alto do futebol inglês, oferecendo as garantias necessárias de um rendimento adequado às expectativas que o clube terá para ele.
Chega a custo 0, assumindo-se como um excelente negócio para o Reading, que, ainda assim, demonstra uma enorme capacidade em suportar um salário avultado, impossível de comportar para os clubes portugueses (algum dia um Paços de Ferreira poderia contratar um jogador assim?). Enfim, cada um luta com as armas que tem.

Samir Handanovic (Udinese - Inter de Milão)

O Inter contrata um guarda redes de valor comprovado no futebol italiano, fruto das 5 épocas que levou ao serviço da Udinese, com exibições de qualidade e segurança.
Quanto ao negócio, e sendo que, apesar de não terem sido oficialmente confirmados valores, estima-se que o mesmo tenha sido feito por uma verba próxima dos 10 milhões de euros, acrescida de metade do passe de Marco Faraoni, jogador do Inter.
Ora, tendo em conta que para a posição têm também no plantel Júlio César, que oferece todas as garantias, questionamo-nos acerca da oportunidade desta contratação, ainda que se trate de um excelente guarda redes. Efectivamente, não será um pouco exagerado pagar 10 milhões por um jogador que, à partida, ficará toda a época no banco de suplentes? Quanto a nós, sim.
A não ser que Júlio César esteja de saída do clube italiano, o que não será totalmente impossível. Se assim for, muito boa contratação do Inter de Milão!



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Euro sub19: o futuro está aqui!!

Na ressaca do Euro 2012, no qual a selecção nacional se portou bastante bem, é a vez dos sub19 entrarem em campo para disputarem o ceptro europeu. Com 2 jogos realizados, os "miúdos" comandados por Edgar Borges conquistaram já 4 pontos, batendo a anfitriã Estónia por 3-0 e empatando a 3 golos com a Espanha num grande jogo de futebol.

Pois bem, se atentarmos nos 23 jogadores que Paulo Bento levou à Polónia e Ucrânia, facilmente podemos constatar necessidades urgentes no nosso conjunto: desde logo, um ponta-de-lança; depois, um médio criativo; por fim, um banco de suplentes à altura e que ofereça mais soluções ao técnico luso. E a verdade é que essas soluções podem passar precisamente por esta nova fornada de jogadores que carimbou hoje o passaporte para o mundial de sub20, a disputar na Turquia no próximo ano.

Vejamos:

Guarda-Redes: Rafael Velloso, guarda-redes com características físicas invejáveis para a posição, precisa talvez de melhorar os seus reflexos - por exemplo, no 1º golo deu ideia que podia ter feito um pouco melhor.

Laterais: Edgar Borges tem optado por 2 homens do Benfica - Daniel Martins e João Cancelo. O primeiro é um lateral esquerdo bastante alto, seguro nos princípios defensivos e que bate bem as bolas paradas (já marcou um golaço de livre directo neste Euro); quanto a Cancelo, podemos dizer que é o contrário do seu colega: sobe muito, tem técnica e cruza bem, mas ainda é um pouco "verde" no posicionamento defensivo (Delofeu hoje deu-lhe água pela barba). Compreensível, tendo em conta que falamos de um jogador nascido em 1994; na partida de hoje ainda entrou Pedro Almeida, mas teve pouco tempo para se mostrar.

Centrais: Tiago Ilori e Tiago Ferreira formam a dupla de centrais desta selecção, mas a verdade é que se nota alguma falta de entrosamento entre ambos (o primeiro joga no Sporting, o segundo no Porto). Contudo, Ilori é um jogador bastante alto e rápido (notável um "pique" que teve com Jesé, já perto do final da partida, a incomodar decisivamente o avançado do Real Madrid que ia sozinho para o 4-2), e mostrou que pode ser o futuro da selecção principal; o segundo é um central "à Porto": muito forte no desarme e com umas disponibilidade e raça que sempre caracterizam os centrais portistas (a excepção é Ricardo Carvalho), que compensam a falta de velocidade que revela.

Meio-campo: o seleccionador tem optado por um tridente constituído por Agostinho Cá, João Mário e André Gomes, tendo utilizado ainda Tozé e Ricardo Alves (este último no primeiro jogo). Agostinho Cá é um médio agressivo, com muita capacidade de recuperação de bola, mas que consegue também transportá-la com qualidade; o mesmo se aplica ao capitão João Mário, mas este jovem jogador do Sporting impressiona pela classe e maturidade com que joga: sempre bem posicionado, tem muita qualidade de passe e é o gestor dos tempos de jogo da equipa; quanto a André Gomes, faz lembrar Lucho Gonzalez: um médio alto, que joga de cabeça levantada, faz a bola chegar de um flanco ao outro com grande facilidade e aparece com muita pertinência perto da área para finalizar. Faltar-lhe-á talvez alguma capacidade de aceleração; Tozé pode ser considerado "suplente de luxo". O portista - melhor marcador do apuramento - já deu um ar da sua graça, passando para Esgaio arrancar o penálti que deu a igualdade final.

Alas: Portugal - e em particular o Sporting - tem tradição na formação de jogadores para este sector do campo. Esta selecção de sub19 não foge à regra: Bruma é um jogador de grande futuro, com técnica apurada e grande explosividade, e que tem inteligência na tomada de decisões no último terço; Ricardo Esgaio é um jogador mais discreto, mas que combina muito bem com o lateral do seu flanco. Dá profundidade do lado direito e cruza com qualidade (nota para o pormenor de grande recorte técnico com que, ao cair do pano, tirou o defesa espanhol do caminho o ganhou a grande penalidade que viria a resultar no 3-3); já Ivan Cavaleiro, tem mais de Bruma do que de Esgaio. Muito rápido e agressivo, parte para cima dos defesas sem medo e tem facilidade em jogar com os dois pés, contudo não decide tão bem como o primeiro dos outros citados. Na partida de hoje foi utilizado na frente de ataque e saiu-se bem nessa função.

Ataque: Betinho é o titular indiscutível na frente de ataque. Pese embora a sua fisionomia não ajudar - é baixo e franzino - o avançado do Sporting tem killer instinct (aquilo que falta a Nélson Oliveira). Movimenta-se muito bem na área - com relevo para as diagonais curtas, depois das quais recebe e remata - e é eficiente. No entanto, duvidamos que alguma equipa aposte num elemento tão baixo para referência ofensiva... A alternativa tem sido Cafu, jogador que no seu clube actua como "8" ou "10" (!), mas que é fisicamente bastante mais potente que Betinho. Hoje, todavia, o Sportinguista foi rendido por Ivan Cavaleiro, extremo de origem e que acabou por cumprir bem a sua missão.

Em suma, se os clubes apostarem nestes jovens (acreditamos que a integração nas equipas B podem ser um factor de desenvolvimento chave), o futuro da selecção poderá estar assegurado. É que, além da valia individual dos jogadores, esta geração apresenta já um excelente entrosamento colectivo, capacidade de circulação de bola e facilidade na criação de espaços. Quem sabe não veremos algumas destas promessas já no próximo campeonato do mundo?
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FIFA aprova tecnologia da linha de golo


Após nove meses de testes em Inglaterra, Alemanha, Hungria e Itália, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) deu “luz-verde” ao recurso à tecnologia da linha de golo. Aprovadas também equipas de arbitragem de cinco elementos.
Das várias propostas das empresas envolvidas nos testes, apenas dois sistemas foram aprovados: Hawk-Eye e GoalRef. Apesar da aprovação, ambos os sistemas terão de ser sujeitos a vários testes laboratoriais e no terreno para depois poderem solicitar uma licença à FIFA.
A tecnologia da linha de golo está prevista ser já utilizada no Mundial de Clubes deste ano, na Taça das Confederações de 2013 e também no próximo Mundial de Futebol, que vai ter lugar no Brasil, em 2014.

O Hawk-Eye, criado em 1999 e usado no ténis desde 2006, é um sistema que utiliza entre seis e oito câmaras de alta velocidade, posicionadas em ângulos diferentes em cada umas das extremidades do campo, para calcular de uma forma exacta a posição da bola. Depois, é transferido para o "software" de vídeo e processado em imagem 3D. Espera-se que em menos de um segundo a informação chegue à equipa de arbitragem.

O GoalRef é um sistema que cria uma estrutura de ondas de rádio equivalente a uma cortina de luz. Esta tecnologia passa pela instalação de campos magnéticos à volta da baliza. No momento em que a bola, equipada com um pequeno dispositivo electrónico, ultrapassa totalmente a linha de golo, é detectada uma pequena alteração no campo magnético. Calcula-se que a informação demora menos de um segundo a chegar à equipa de arbitragem, através de uma vibração e uma mensagem nos seus relógios.

A discussão, que já durava há longos meses, e que ganhou ênfase com os golos não validados de Lampard à Alemanha (Mundial 2010) e o da Ucrânia, num jogo frente à Inglaterra (Euro 2012), recebe assim um avanço significativo, visando a melhoria do nível das arbitragens, e consequente verdade desportiva.


Todavia, a decisão não tem uma aplicação imediata, pois as federações nacionais terão liberdade para adotar (ou não) o recurso a estas tecnologias.
Apesar da pressão mediática em torno desta matéria, também havia opositores de peso, como o presidente da UEFA, Michel Platini. Durante o último Euro2012, Platini voltou a reiterar a sua preferência pelo sistema de cinco árbitros em campo. «Sou contra a entrada da tecnologia para a tomada de decisões», explicou. A UEFA poderá decidir ainda não adoptar a aplicação deste sistema no imediato.

O Pé d'Atleta pretende, deste modo, lançar a discussão e saber a opinião dos seus leitores sobre estas novas medidas adoptadas pela FIFA.

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Wembley F.C. Contrata Estrelas do Futebol Mundial!


O Wembley F.C. tomou uma decisão inovadora, através de um projecto relacionado com a participação do clube na próxima edição da FA Cup, envolvendo antigas estrelas do futebol!

Sim, é verdade! Um clube amador, em que os seus jogadores treinam apenas por prazer e sem qualquer tipo de compromisso, consegue assim atraír os holofotes da imprensa, curiosa e determinada em tentar perceber como é que nomes como Claudio Caniggia ou David Seaman vão regressar das suas reformas douradas para representar este modesto emblema londrino.

Para já foram anunciadas as "contratações" dos seguintes jogadores: Brian McBride (internacional pelos EUA e jogador do Fulham), Ray Parlour (internacional inglês e jogador do Arsenal), Graeme Le Saux (internacional inglês e jogador do Chelsea), além dos já referidos Claudio Caniggia (internacional argentino, jogador do Boca Juniors, River Plate, Benfica, etc) e David Seaman (internacional inglês e jogador do Arsenal). Grande conjunto de jogadores, não fosse o avançar da idade.

A ideia passa por incluir na equipa do Wembley F.C. a vasta experiência destes jogadores, dando uma maior visibilidade ao clube, numa perspectiva de crescimento, tanto ao nível das camadas jovens como da equipa sénior. De facto, o futebol inglês e os adeptos um pouco por toda a parte, vão certamente estar curiosos acerca da participação destas antigas glórias na próxima FA Cup.
Aliás, com esta medida, o Wembley F.C. garantiu já um novo progama no canal desportivo ESPN, que fará um acompanhamento à preparação da equipa para a prova, bem como à sua prestação durante a competição.


No entanto, sendo esta ideia de crescimento e melhoramento das camadas jovens do clube muito bonita, nada seria possível sem dinheiro, muito dinheiro. A explicação tem um nome: Budweiser, principal patrocinadora da FA Cup, que decidiu patrocinar também este clube, possibilitando esta "brincadeira". O presidente do clube já afirmou que, com este apoio pretendem entrar num grande período de crescimento.

Para o cargo de consultor técnico, a equipa terá a contribuição de Terry Venables, atingo seleccionador de Inglaterra.

O Pé d´Atleta fica à espera de ver aquilo que ainda serão capazes de fazer estes jovens na casa dos quarenta.

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Movimentações no Mercado (5): Futebol Internacional

Kwadwo Asamoah (Udinese - Juventus)

A vecchia signora, de regresso este ano à liga milionária, tem demonstrado disponibilidade para abrir os cordões à bolsa neste defeso. Mauricio Isla custara 18,5M de Euros; Asamoah só ficou 500 mil euros mais barato do que o chileno. O atleta ganês, uma das pedras fulcrais no meio-campo da equipa de Udine ao longo das últimas quatro temporadas, abraça aos 23 anos o maior desafio da sua carreira. Blindado por uma cláusula de rescisão de 55 milhões, firmou com a Juve um contrato válido até 2017. 
Explodirá em definitivo na montra do futebol europeu aquele que foi considerado o jogador africano mais promissor de 2010? 

Riccardo Montolivo (Fiorentina - Milan)

Figura de proa nos relvados de Florença, muda este ano de paragens. Destino: AC Milan. O médio ofensivo italiano deu nas vistas no último campeonato da Europa e muito provavelmente será dos principais municiadores do ataque rossonero. Um "júnior" de 27 anos, prima pela técnica e... pelo preço. Chega a San Siro a custo zero.
O emblema de Milão encontra-se numa fase de renovação. Entre outros, Seedorf, van Bommel, Gattuso, Aquilani já rumaram a outras paragens; caminho inverso fizeram Bakaye Traoré, Gabriel Vasconcelos, Muntari, Acerbi e Kevin Constant. Terá Massimiliano Allegri um plantel suficientemente competitivo para a próxima temporada em todas as frentes?






João Pereira (Sporting - Valência)

Esta troca dispensa grandes rodeios. Não deixa de causar alguma estranheza o facto de se ter consumado a transferência para o Mestalla imediatamente antes de uma grande competição de selecções, palco de valorização de activos por excelência, em especial se considerarmos o lugar no onze da selecção portuguesa que lhe estava destinado com grau elevadíssimo de probabilidade. 
Acabou por despertar atenções e recebido elogios pela sua prestação no Euro 2012, o seu prestígio saiu reforçado... mas a precipitação leonina apenas rendeu aos seus cofres 3,6M de Euros. 
Os andaluzes, por certo, não se hão de ter arrependido do negócio. O lisboeta de 28 anos tentará afirmar-se no onze titular, naquela que é a sua primeira experiência fora de portas.
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Calendário do Futebol Nacional já é conhecido

Foi sorteado esta quinta-feira o calendário da edição 2012/13 das competições nacionais, nomeadamente I Liga, II Liga e Taça da Liga.
No que respeita à I Liga, o FC Porto, campeão em título, inicia a participação no campeonato com a deslocação ao terreno do Gil Vicente.
O jogo de maior cartel da ronda inaugural está marcado para o Estádio da Luz, palco do confronto entre Benfica e SC Braga, respetivamente segundo e terceiros classificados da época transata.
Já o Sporting terá o V. Guimarães como primeiro adversário na temporada 2012/13, defrontando o conjunto minhoto no Estádio D. Afonso Henriques.
O primeiro clássico do ano será disputado a 7 de outubro, na 6.ª jornada, entre FC Porto e Sporting.
Na 11.ª jornada, a 9 de dezembro, disputa-se o dérbi lisboeta, entre Sporting e Benfica.
A 14.ª jornada reserverá um Benfica-FC Porto, a 13 de janeiro.

Eis a primeira jornada da I Liga:

Rio Ave-Marítimo
Nacional-V. Setúbal
Benfica-Sp. Braga
P. Ferreira-Moreirense
Beira-Mar-Académica
Olhanense-Estoril
V. Guimarães-Sporting
Gil Vicente-FC Porto

Já na II Liga, num ano em que assistimos à estreia das equipas "B", o primeiro clássico será na 9.ª jornada, no dia 7 de novembro, entre Sporting B-FC Porto B. O dérbi Benfica B-Sporting B será disputado na 12.ª jornada e o FC Porto B-Benfica B na 19.ª jornada, 23 de dezembro.
Quanto ao alinhamento da primeira jornada, o sorteio ditou o seguinte:

Oliveirense-Sporting B
Benfica B-Sp. Braga B
Naval-Santa Clara
Belensense-Feirense
União da Madeira-Freamunde
Tondela-FC Porto B
Desp. Aves-Trofense
Varzim-Arouca
Leixões-Marítimo
Penafiel-Atlético
V. Guimarães B-Sp. Covilhã

No que se refere à Taça da Liga, foram sorteados os grupos da primeira fase da prova:

Grupo A

- Belenenses
- Oliveirense
- União da Madeira
- Freamunde

 
Grupo B

- Naval
- Leixões
- Arouca
- Sp. Covilhã

 
Grupo C

- Feirense
- Penafiel
- Atlético
- Varzim

 
Grupo D

- Desp. Aves
- Trofense
- Santa Clara
- Tondela

Agora que já se conhecem os calendários oficiais e as equipas começam a dar os primeiros passos na preparação da nova época, o Pé d'Atleta vai, como habitualmente, manter-se a par de todas as novidades, oferecendo aos seus leitores todas as informações necessárias para um acompanhamento intensivo do futebol nacional, e não só...
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Andebol: fim da era Mats Olsson



Depois de 7 anos à frente dos destinos da selecção nacional de andebol, o sueco Mats Olsson vai deixar de prestar os seus serviços à Federação Portuguesa de Andebol. Muita tinta correu, muitas críticas e elogios foram ouvidos dos mais diversos quadrantes da modalidade, e a verdade é que nesta altura se impõe um balanço.

Em primeiro lugar, seria injusto não referir que Olsson abraçou o projecto federativo num momento crítico em termos desportivos: a organização do mundial de 2003 não teve os efeitos desejados naquilo que diz respeito ao crescimento (desportivo e financeiro) da modalidade, e isso redundou numa grande dificuldade na renovação da "geração de ouro" do andebol português; a juntar a isto, as guerras clubes/federação, que originaram inclusivamente a cisão Liga Profissional/Divisão de Elite, também não facilitaram o trabalho do seleccionador, que se viu até privado de poder convocar alguns atletas; e temos que contar ainda com as constantes alterações à organização das competições, tanto a nível sénior como, e principalmente, na formação. Em suma, o contexto era, e é, muito pouco convidativo. Muito mais quando o seu trabalho foi sempre questionado, fosse devido ao seu avultado salário, fosse devido às opções técnico-tácticas, fosse devido ao "esquecimento" de alguns clubes nas diversas convocatórias.

Ora, há que reconhecer que parte das críticas fazem sentido. A equipa técnica da selecção nacional dos últimos anos desde cedo se rodeou dos "seus" atletas e, acima de tudo, dos "seus" atletas vindos de determinados clubes, o que sempre gerou um clima de desconfiança. Isso, e a ausência de resultados. Olsson, até conseguiu ir construindo um conjunto interessante, mas a verdade é que nunca foi capaz de dar o "clique" que em certas ocasiões todos esperávamos que desse. Recordamos, por exemplo, os apuramentos para os mundiais de 2009 e 2011, em que ficámos a um "quase" de distância, ou a bem recente eliminação do mundial de 2013 por uma Eslovénia que todos sentimos ao alcance.

É certo que, agora, temos uma selecção mais alta, com guarda-redes mais confiantes, com uma fornada de jovens cheia de potencial, mas não chega para justificar um caminho percorrido ao longo de 7 anos. Portugal tem camadas jovens a lutar olhos nos olhos com as melhores escolas europeias, e não se compreende tamanho fracasso a nível sénior.

O caminho seguirá com Rolando Freitas, homem dos quadros da federação e que já trabalhou com todos estes novos atletas, e a quem desejamos um futuro auspicioso, a bem do andebol português.


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