O que achou da prestação de Portugal no Euro 2012?

Arranca hoje: "Le Tour de France"!!

 Já se pedala nas estradas francesas! Inicia-se hoje a maior e mais mediática prova velocipédica do mundo: a volta à França. A prova rainha do ciclismo mundial apresenta-se, este ano, sem as duas maiores figuras do pelotão internacional: Alberto Contador (suspenso devido a problemas relacionados com doping), e Andy Schleck (lesionado), e apresenta-se, também, sem algumas das suas etapas de montanha mais míticas: este ano, os corredores não subirão ao Alpe d'Huez, ao Col du Galibier ou ao alto do Mont Ventoux.


Favoritos:

Cadel Evans - Vencedor da edição do ano passado, o australiano, ex-"eterno segundo", afastou os seus fantasmas e conta com umas experiência e qualidade que se podem revelar decisivas.

Bradley Wiggins - O homem da Sky é porventura o grande favorito à vitória final. Venceu o Paris-Nice, o Criterium Dauphiné e o Tour da Normandia, e conta com um elenco de luxo para o apoiar nas etapas mais duras (com Chris Froome à cabeça).

Vincenzo Nibali - O ciclista italiano, vencedor da Vuelta 2011, abdicou de correr o "seu" Giro deste ano, pelo que poderá desta feita ter uma palavra a dizer nas contas finais. Tem um potencial tremendo.

Frank Schleck - Sem Andy, o mais velho dos Schleck terá a responsabilidade de assumir a liderança da equipa e a candidatura à vitória final. Pelo menos, desta vez, não o veremos "preso" ao facto de ter de esperar/ajudar Andy, e esperamos vê-lo terminar nos primeiros lugares da classificação geral.

Outros potenciais candidatos: Poderão ainda ter aspirações a uma classificação interessante Ryder Hesjedal (venceu o Giro deste ano, não deverá estar no pico de forma), Robert Gesink (o contra-relógio é o seu calcanhar de aquiles), Jurgen van den Broeck (é um agitador, muito forte em alta montanha, veremos se terá consistência para não quebrar), Alejandro Valverde (regressa após suspensão, é um eterno candidato, e desta vez parece ter uma equipa à altura de o levar a algo mais do que as desilusões que habitualmente protagoniza).

Camisolas: A camisola verde poderá ficar novamente para Mark Cavendish. Contudo, o britânico não terá vida facilitada no que diz respeito à decisão das etapas. Tyler Farrar não lhe dará descanso, e não será o único: Óscar Freire, Petacchi, Sagan, Greipel e Bozic estarão certamente à espreita; quanto à camisola da montanha, ela deverá ficar para um dos favoritos à vitória final, com Gesink e van den Broeck como grandes candidatos.

Desta forma, a corrida francesa, sem favoritos claros e com um percurso algo alternativo, será um grande ponto de interrogação. Se, por um lado, vai ser completamente aberta no que diz respeito ao vencedor final, por outro, a quase ausência de chegadas em alto (apenas duas) e a alternatividade do percurso poderão retirar-lhe alguma espectacularidade.

Ainda assim, os portugueses terão especial interesse nesta prova, que contará com a presença de Sérgio Paulinho e Rui Costa (veremos se consegue dar seguimento à brilhante prestação na volta à Suiça ou se se vai "limitar" a devolver a ajuda que Valverde lhe prestou na prova helvética), que perspectivamos que irão estar na discussão de algumas etapas.

Quais são os seus palpites?
Read More

Movimentações no Mercado: Futebol Internacional

Uma época de transferências que promete ser bastante agitada, muito por culpa do Euro 2012, grande montra para qualquer jogador. Ainda assim, são já conhecidas várias mudanças de relevo, sendo que começamos por destacar três jovens jogadores que vão reforçar na próxima época três poderosas equipas do futebol europeu.

Eden Hazard (Lille - Chelsea)



O grande prodígio do futebol belga resolveu finalmente o seu futuro, optando pelo campeão europeu de clubes que consegue vencer o concurso ao Manchester United.
Um jogador de grande imprevisibilidade e de enorme qualidade técnica que muito promete no futebol europeu vem, quanto a nós, acrescentar muito daquilo que o Chelsea não tem: fantasia e habilidade. Além disso, vai permitir que a equipa o utilize mais caído para o flaco esquerdo, onde estará mais liberto para, com as suas diagonais, espalhar magia na zona central do campo.
Não percam este jovem de vista! É que tem apenas 21 anos e já foi considerado o melhor jogador do campeonato francês, tendo sido agora contratado por 40 milhões de euros (nada de muito especial para os cofres do clube londrino).


Jordi Alba (Valência - Barcelona)




Mas que grande negócio do Barcelona! Depois do lamentável incidente de Eric Abidal a equipa viu-se forçada a reforçar a posição de lateral esquerdo e decidiu-se, quanto a nós muito bem, pelo actual titular da selecção espanhola, jogador de apenas 23 anos e com grande capacidade, principalmente a nível ofensivo. E tudo isto por "apenas" 14 milhões de euros...Muitos milhões menos do que aqueles que seriam necessários para contratar Gareth Bale ao Tottenham.

Enfim, o Barcelona consegue um excelente jogador, espanhol, jovem, formado nas escolas do clube, a um preço que se poderá considerar de saldo. Só mesmo o Valência ficou a perder...


Kagawa (Borussia Dortmund - Manchester United)



Médio ofensivo japonês de grande qualidade, vencedor de dois campeonatos da Bundesliga, tendo marcado 21 golos em 49 jogos pela sua equipa, Borussia Dortmund. Não foram para já divulgados valores do negócio mas estima-se que estes se situem aproximadamente nos 15 milhões de euros. Barato, se atendermos à qualidade do jogador. No entanto, o final do seu contrato estava próximo e o Dortmund não quis deixar de realizar algum dinheiro no jogador proveniente do Cerezo Osaka por apenas 300 mil euros! Visto assim, bom negócio para todas as partes.

Para o United, grande reforço, capaz de oferecer à equipa uma grande qualidade no último terço do terreno, especialmente se tivermos em conta que este médio de apenas 23 anos tem uma queda especial para o golo. Ajudará também ao processo de rejuvenescimento do plantel. Boa escolha!
Read More

(R)evolução no futebol português?

Proibido o empréstimo de jogadores entre clubes da mesma divisão

A Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, realizada na tarde de ontem, aprovou uma norma inesperada. Por proposta do Nacional da Madeira, a partir da época 2012/2013, estão impedidos os empréstimos de jogadores entre clubes do mesmo escalão, tal como já se verifica na Premier League inglesa.
Apenas afirmamos que a mesma é inesperada pelo facto de não ter havido uma discussão pública prévia, como é hábito nas ocasiões em que têm que se tomar decisões importantes no âmbito do futebol profissional português.
A medida mereceu o voto favorável de 19 clubes, 9 votos contra e 1 abstenção, tendo sido entendido pelos clubes de que a criação das equipas "B" tornam este empréstimos injustificados.
Para ser efectivamente aplicada, esta alteração terá agora que ser ratificada em Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol.

Com esta medida aprovada, muitas serão agora, certamente, as opiniões que os adeptos do futebol terão.
Por um lado temos a possibilidade de os jogadores jovens que não têm lugar no plantel principal continuarem a sua carreira "em casa", com as condições que um clube de topo oferece. Acabam também as situações de os jogadores emprestados defrontarem a sua "equipa-mãe" e com isso todas as desconfianças que tantas vezes se geram na véspera desses jogos.
Por outro lado verificamos que esses mesmos jogadores jovens, caso não entrem nas contas do treinador, não terão a possibilidade de competir no escalão máximo do futebol português, podendo aspirar, no máximo, a um lugar num plantel da Liga de Honra.

Naturalmente, o Pé d'Atleta pretende saber a opinião dos seu leitores, contribuindo para uma sã discussão desta nova variável introduzida nas nossas competições profissionais.
Read More

Meias Finais: Itália 2-1 Alemanha

Que show de bola da Itália nesta meia-final, a carimbar a passagem ao derradeiro encontro da competição! Pudemos assistir a um autêntico "banho" táctico da selecção transalpina, que arruinou as esperanças dos alemães (e de Platini) de verem a sua equipa sagrar-se campeã da Europa de futebol no próximo Domingo.

Todavia, o jogo, que acabou por se tornar algo fácil para a squadra azzurra, até começou melhor para a turma germânica. Ciente do grande número de jogadores que Prandelli usa para povoar o meio-campo, Löw não quis perder essa batalha e lançou Toni Kroos no lugar de Thomas Müller, puxando o mágico Özil para o flanco direito. E, com isto, a Alemanha consegui assenhorar-se do jogo nos primeiros 15', desperdiçando inclusivamente dois lances de golo.

A partir daí, Pirlo, Marchisio, de Rossi e Montolivo assumiram o comando das operações no miolo, e não mais a Itália perdeu o controlo da partida. Se Galileu fosse nomeado para exprimir em cálculos aquilo que os italianos exibem em campo, a sua teoria chamar-se-ia necessariamente "Pirlocentrismo". Todo o futebol dos azuis gira em torno do médio da Juve: ele decide se a equipa sai rápido para o ataque ou se deve temporizar, ele define - com o seu posicionamento - a zona de pressão defensiva, ele decide por que flanco a equipa deve atacar e se o deve fazer em apoio ou em passe longo. Em suma, ele é o cérebro deste conjunto, e faz tudo com a classe dos predestinados. Apetece avocar a alcunha de um seu compatriota do motociclismo e chamá-lo de "Il Dottore".
Mas hoje a Itália não foi só Pirlo. Foi Marchisio, um autêntico todo-o-terreno, foi Buffon, um gigante tranquilo e extremamente eficaz, e foi, acima de tudo e finalmente, Mario Balotelli. Leia-se, com justiça, Super Mario. O avançado do Manchester City foi o grande protagonista da partida, batendo inapelavelmente Manuel Neuer por duas vezes, dando razão ao povo quando diz que "de génio e de louco todos temos um pouco". A isto basta acrescentar que Balotelli, de louco, tem muito...

Com 2-0 no marcador ao intervalo, Löw mexeu. Surpreendentemente, deixou Gomez e Podolski na cabine, fazendo entrar Reus e Klose. O primeiro deu um ar da sua graça, imprimindo velocidade, agressividade e técnica no lado direito do ataque. O problema foi que, a esta altura, Bonucci, Barzagli, Chiellini e Balzaretti agigantavam-se, sempre muito bem ajudados pela solidariedade de Marchisio e de Rossi. A Itália erguia uma muralha que, à medida que os minutos passavam, se mostrava intransponível. E Prandelli ainda ajudou a assentar mais uns tijolos, retirando do campo Montolivo e metendo Thiago Motta na trincheira. A Alemanha não conseguia criar perigo e os italianos até ficaram a dever uma goleada aos seus opositores. Marchisio, Diamanti e di Natale desperdiçaram excelentes oportunidades, sempre bem lançados ora por Pirlo, ora por Marchisio.

Perto do final, o dedo do "polvo", como bem apelidou Custódio, fez-se sentir: grande penalidade a favor da Alemanha, num lance confuso dentro da área, a castigar mão de Balzaretti. Özil concretizou o golo de honra que os germânicos acabaram por não merecer.


Em resumo, (mais) uma grande lição táctica da equipa italiana, que com menos figuras que o habitual está a realizar um campeonato da europa extraordinário. Prandelli soube novamente neutralizar as principais armas do adversário, desta feita não permitindo praticamente nenhuma ocasião de golo à poderosa mannschaft. Vitória justíssima da equipa azzurra, turma que o Pé d'Atleta apoiará com gosto na final do próximo Domingo.
Read More

História dos Campeonatos da Europa: Zagorakis

Theodoros Zagorakis (n.1971)

Numa edição do Campeonato da Europa em que figuravam no "hall of fame" estrelas como Figo, Deco, Raúl, Zidane, Nedved, Gerrard, Owen, Ballack, Davids, entre outros, o vencedor do galardão de melhor jogador da prova foi para... Theodoros Zagorakis.


O médio grego, que cumpriu ao longo da sua carreira 120 internacionalizações, iniciou o seu percurso no Kavala, tendo transitado para o PAOK de Salonica em 1993. Aí, assumiu papel de destaque até 1998, ano em que abraçou a sua primeira experiência fora de portas (ao serviço do Leicester), regressando dois anos mais tarde ao seu país. Pelo meio, a sua primeira convocatória para a selecção, no ano de 1994. Seria no entanto no "nosso" Euro 2004 que Zagorakis se daria a conhecer ao mundo do futebol. Totalista, a par de Nikopolidis, Kapsis, Dellas e Seitaridis, coordenou o jogo de transição grego a par de Karagounis, assistindo por duas vezes para golo. Curiosamente, apenas marcou se estreou a marcar pelo seu país na fase de qualificação para o mundial de 2006.


O estatuto de figura maior do campeonato disputado em Portugal valeu-lhe nova oportunidade de carreira no estrangeiro, desta feita ostentando as cores do Bolonha. Apenas esteve em Itália uma temporada. Regressou ao seu PAOK, clube onde terminaria a carreira como futebolista e iniciaria um novo percurso como dirigente. 

Uma vez mais, o Pé d'Atleta lança a discussão: quem será considerado o melhor jogador do Euro 2012? Haverá alguma surpresa?
Read More

Meias Finais: Portugal 0-0 Espanha (2-4 após grandes penalidades)

Estrela de campeão e fado lusitano não cabem na mesma frase

Tinha tudo para ser o nosso ano de glória. Havia coração, união, abnegação, talento, estrelas que faziam brilhar as demais porventura menos cintilantes, figuras porventura menos cintilantes que vestiram o fato de macaco para no Domingo envergarem orgulhosamente o fato de gala. Havia Patrício, Beto, Eduardo, Coentrão, Ricardo Costa, Bruno Alves, Rolando, João Pereira, Miguel Lopes, Pepe, Veloso, Custódio, Viana, Meireles, Moutinho, Micael, Quaresma, Nani, Varela, Ronaldo, Hugo Almeida, Postiga e Nelson Oliveira. Havia um homem no banco, com nome de sumo sacerdote, que comandou a equipa e com ela as nossas preces. Fé, muita fé. Sobrou o desalento de um sonho eternamente adiado, etéreo, esfumado no eco gerado por uma bola a embater violentamente no limite superior do reduto protegido um tal de “San Iker”. 

O jogo propriamente dito, todos nós o vimos. Escaldada pela pálida imagem daqueles que, debalde, procuraram estancar a fluidez exasperante do estilo de jogo espanhol com autocarros, muralhas e correntes, Portugal manteve-se fiel ao seu esquema habitual e, cerrando os dentes ao invés das fileiras, adoptou uma filosofia positiva, procurando servir preferencialmente pelas alas a sua referência de área, Hugo Almeida. Se a selecção das quinas não repetia o onze apresentado em todos os encontros anteriores (devido à lesão de Hélder Postiga), do lado espanhol Vicente del Bosque optou também por lançar no vértice ofensivo Negredo, naquela que foi a única surpresa a alinhar de início. Nem Torres, nem Fàbregas, portanto. Contudo, cedo se compreendeu que Pepe e Bruno Alves – intratáveis durante os 120’ - não iam permitir grandes (nem pequenas) veleidades ao delantero

O primeiro aviso foi deixado por Miguel Veloso, que num pontapé de canto puxado para a baliza ia surpreendendo Casillas. Portugal evidenciava discernimento com entrega q.b. e a roja sentia algumas dificuldades em assumir as despesas da partida, errando mais passes do que o habitual. David Silva não realizou propriamente uma exibição brilhante, acabando substituído na segunda metade por um elemento mais desequilibrador, Jesus Navas, e mesmo Xavi acabou por ser rendido por Pedro Rodriguez. Duas escolhas que acabariam por se revelar acertadas, especialmente pela velocidade que os suplentes de luxo foram capazes de imprimir, gradualmente, dando uma maior preponderância à turma espanhola no rumo dos acontecimentos. Não obstante o melhor período português ter coincidido com a primeira parte, foi para a Espanha que surgiram as melhores chances para inaugurar o marcador, por intermédio de Arbeloa e de Iniesta. Ronaldo, perto do descanso, ainda esteve perto de quebrar o nulo; remate à entrada da área a passar bem perto do poste. 

Na segunda metade passou a acercar-se mais o jogo das redes de Rui Patrício. A linha defensiva portuguesa viu-se condicionada pela circunstância de todos os seus elementos terem sido já admoestados pelo juiz turco, cujo critério disciplinar deixou – no mínimo – um pouco a desejar. Xabi Alonso, a título de exemplo, aparentava ter carta de alforria face à jurisdição da equipa de arbitragem, travando à margem das regras os seus oponentes sem que o seu cadastro ficasse pintado de amarelo, algo que viria a suceder muito tardiamente. Curiosamente, e sem prejuízo de um ou outro calafrio na área portuguesa, a melhor ocasião pertenceria a Portugal pelos pés do seu capitão, perto do final do tempo regulamentar, numa jogada de (quase) perfeito contra-ataque. Veio o prolongamento e, aí, há que reconhecer a superioridade da armada espanhola. A posse de bola destes voltava à “normalidade” e era agora Portugal a ver jogar. O desgaste de Moutinho (excelente exibição, em especial no aspecto defensivo) e a saída do amarelado Veloso (dos melhores elementos) permitiam um “tiki taka” a oscilar, a espaços, entre o acutilante e o asfixiante. Iniesta, na primeira parte do prolongamento, só não resolveu a questão porque Rui Patrício foi todo ele reflexos e talento para dizer que, a cair, não seria em bola corrida. 

Não foi em bola corrida, foi da marca dos onze metros. Quanto o guardião do Sporting travou o primeiro penalty de Xabi Alonso, este “pequeno anexo” da Península Ibérica acreditou que os alinhamentos, sejam eles quais forem, a que chamamos destino estaria – finalmente – do seu lado. Triste fado, haveria a precisão milimétrica que separa a sorte do azar, o vencedor do vencido, a impor, unilateralmente e sem direito a recurso, que a barra de Bruno Alves e que o poste de Fàbregas, por uma mera questão vectorial, consumaria a terceira final para os habituais e a profunda tristeza para os do costume.

Estrela de campeão, dizem do outro lado da fronteira. Nós por cá, vimo-nos forçados a descer à terra. Como diria Chico Buarque, “Mas para meu desencanto, o que era doce acabou. Tudo tomou seu lugar depois que a banda passou. E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor”. E que dor, quando tinha tudo para ser a nossa hora. Não foi.

PORTUGAL: Rui Patrício, Coentrão, João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Veloso (Custódio), Raúl Meireles (Varela), Moutinho, Ronaldo, Nani e Hugo Almeida (Nélson Oliveira)

ESPANHA: Casillas, Alba, Arbeloa, Piqué, Ramos, Busquets, Xavi (Pedro), Xabi Alonso, Iniesta, Silva (Navas) e Negredo (Fàbregas)
Read More

Alemanha - Itália: Antevisão


Grande meia final, entre duas equipas que, só com o nome, impõem respeito!
No entanto, a condição actual destes dois gigantes do futebol europeu é bastante diferente. De facto, enquanto que a Alemanha partia para este campeonato, juntamente com a Espanha, como a principal favorita à vitória final, a Itália, sem se poder valer de uma equipa com os nomes de outros tempos, encarou este europeu de uma forma mais tranquila, estando afastada dos focos de atenção da imprensa.
E na verdade, se a Alemanha não tem desiludido, vencendo todos os jogos que disputou até agora, a Itália também já deu provas de ter capacidade para fazer estragos, começando por se apresentar a muito bom nível frente a Espanha no primeiro jogo e fazendo uma excelente exibição contra a Inglaterra no último.

Centrando a nossa atenção unicamente nos jogadores que compõem a convocatória de cada selecção, a Alemanha parte em vantagem, fruto do grande equilibrio de que dispõe em todos os sectores. Aliás, a Alemanha, em termos de equilíbrio do plantel, é, juntamente com a Espanha, a selecção que mais opções de alta qualidade tem ao seu dispôr, não tendo um único sector que se possa dizer que seja o parente pobre da equipa.

Ora, se na baliza Neuer oferece segurança como poucos, na defesa Lahm e Hummels são de qualidade máxima, assim como Schweinsteiger e Ozil no meio campo, Mario Gomez e Podolski na frente. Isto só para destacar alguns, até porque o banco alemão tem contado com jogadores como Klose, Gotze, Kroos, Reus, etc... Uma equipa com soluções para dar e vender.


Já a Itália aparece sem tantas soluções, contando com um 11 inicial favorecido pela classe de Andrea Pirlo, que aos 33 anos consegue comandar por completo as acções da equipa. A este, junta-se a solidez de Buffon na baliza, a qualidade de De Rossi no meio campo ou na defesa (apesar de ser médio poderá ser utilizado como defesa central se o esquema táctico escolhido for 3x5x2), o trabalho a meio campo do incansável Marchisio e a irreverência de Balotelli no ataque. No banco, conta ainda com três soluções ofensivas de grande qualidade, Di Natale, Diamanti e Giovinco, bem como com Nocerino para o meio campo, podendo ainda neste sector optar entre Montolivo e Thiago Motta. Como se pode ver, a Itália também tem armas para lutar pelo resultado.

Quanto ao jogo, acreditamos que a bola estará do lado da Alemanha em grande parte do tempo, ainda que esta Itália não seja tão defensiva quanto habitual. Efectivamente, o porte físico da Alemanha, bem como a maior velocidade nos seus processos de jogo, farão com que a Itália tenha que abordar o jogo com algumas cautelas.

Aqui será determinante a acção de Pirlo, que pela colocação de bolas longas poderá tirar partido da velocidade de Cassano e Balotelli. Caso consiga pressionar bastante as acções de Khedira e Schweinsteiger acreditamos que a Itália possa ter hipótese de discutir o jogo, até porque o jogo da Alemanha passa muito pelo jogo imponente destes dois médios, que permitem a Ozil soltar toda a sua magia, criando situações de golo que Mario Gomez pouco desperdiça.

Estamos ainda curiosos para a actuação de Abate, um lateral bastante ofensivo, que poderá prestar um importante auxílio nas acções ofensivas da equipa. Isto, apesar do seu jogo estar bastante condicionado pela presença de Podolski, fortíssimo nos duelos individuais e detentor de uma grande velocidade de execução (lembre-se que foi o melhor jogador jovem do Mundial de 2006). Já do lado direito do ataque alemão, cuidado com Müller, que ainda não se exibiu a um grande nível neste europeu mas que é sempre um perigo para as equipas adversárias.

Quanto a nós, a Itália aparece como uma forte e perigosa opositora desta poderosa Alemanha, sendo que, estando concentrada na defesa, poderá beneficiar de rápidos ataques iniciados nos passes de Pirlo e culminados com a velocidade de Cassano e Balotelli. Ainda assim, o Pé d´Atleta prevê uma vitória da Alemanha.

Read More

Helsínquia 2012 - Campeonatos Europeus de Atletismo


Começa mais uma grande competição no mundo do atletismo, ainda que venha a pouca distância dos J.O. e, por razões de planificação do treino e gestão do esforço, se veja privada de alguns atletas de referência. De facto, em ano olímpico, muitos atletas centram a sua preparação exclusivamente para os J.O., deixando de participar em competições como a que a que se vai iniciar.
Aliás, esta será a primeira vez que os campeonatos da europa de atletismo de disputam em ano olímpico.
Portugal estará presente com uma comitiva interessante, composta por 37 atletas, apresentando nomes como Dulce Félix, Sara Moreira, Marco Fortes, ou mesmo a nova esperança no salto em comprimento, Marcos Chuva. Esta lista poderia ser ainda maior, não fossem as ausências de Naide Gomes, Rui Silva e Obikwelu, lesionados, e de Jéssica Augusto, uma das atletas que optou por se focar em únicamente em Londres. Isto já para não falar da infeliz lesão do campeão olímpico Nelson Évora.
Dos presentes esperam-se boas prestações, num importante teste à sua condição e preparação para os Olímpicos.
A todos, o Pé d´Atleta deseja boa sorte e boas marcas!

 Convocados: 
      - Masculinos:  
    Arnaldo Abrantes (100, 200, 4x100).  
 
    Hélio Gomes (1.500).  
  
    Youssuf el Kalay (10.000).  
  
    José Rocha (10.000).  
  
    Rui Pedro Silva (10.000).  
  
    Alberto Paulo (3.000 obstáculos).  
  
    João Almeida (110 barreiras).  
  
    Rasul Dabó (110 barreiras).  
  
    João Ferreira (400 barreiras).  
  
    Ricardo Lima (400 barreiras).  
  
    Jorge Paula (400 barreiras).  
  
    Edi Maia (vara).  
  
    Marcos Chuva (comprimento, 4x100).    

    Marcos Caldeira (triplo-salto).  
  
    Marco Fortes (peso).  
  
    Diogo Antunes (4x100).  
  
    Dany Gonçalves (4x100).  
  
    Ricardo Monteiro (4x100).  
  
    Yazaldes Nascimento (4x100).  
  
      
  
    - Femininos:  


  
    Sónia Tavares (100, 200).  
  
    Sara Moreira (5.000).  
  
    Leonor Carneiro (10.000).  
  
    Ana Dias (10.000).  
  
    Ana Dulce Félix (10.000).  
  
    Clarisse Cruz (3.000 obstáculos).  
  
    Carla Salomé Rocha (3.000 obstáculos).  
  
    Mónica Lopes (100 barreiras).  
  
    Vera Barbosa (400 barreiras, 4x400).  
  
    Eleonor Tavares (vara).  
  
    Susana Costa (triplo-salto)  
  
    Patrícia Mamona (triplo-salto).  
  
    Irina Rodrigues (disco).  
  
    Vânia Silva (martelo).  
  
    Carolina Duarte (4x400).  
  
    Dorothé Évora (4x400).  
  
    Joceline Monteiro (4x400).  
  
    Carla Tavares (4x400).  

Read More

Futsal 1ª Divisão: Piratas estreiam-se no lugar do FARLAB

Mais um sinal da extensão da crise económica em Portugal para os terrenos de jogo. As modalidades predominantemente amadoras, com meios de subsistência limitados e menor representatividade local na maior parte dos casos, são das primeiras a ceder na hora de fechar portas.

Desta vez, o emblema afectado foi o FARLAB, equipa de Gondomar que militava na 1ª divisão nacional de futsal. A comunicação à Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que dava nota da iminente desistência do campeonato e extinção do clube por dificuldades financeiras foi feita já na passada semana, mas apenas hoje  se consumou em definitivo tanto a renúncia como a sua solução (da perspectiva da competição, claro está). Com efeito, e aceitando o convite endereçado pela Associação de Futebol de Braga a pedido da FPF, assume a vaga deixada em aberto pelo FARLAB a formação vimaranense "FC Os Piratas de Creixomil", que terão a oportunidade de se estrear no mais alto escalão. Tratava-se de uma possibilidade já equacionada aquando da possível desistência dos gondomarenses, que agora toma forma em definitivo. 

Sediado no coração da cidade de Guimarães, o "Piratas de Creixomil" promete uma significativa mobilização populacional em torno dos seus jogos da próxima temporada. Tanto a fusão como a anexação pelo Vitória Sport Clube foram cenários que já estiveram em cima da mesa em momentos anteriores. Por enquanto, a haver alguma ligação institucional, aparentemente será reduzida à cedência do espaço (Pavilhão do VSC) para jogos de maior nomeada. 

Veremos como preparam a nova temporada os dirigentes do emblema recém-promovido, sabendo de antemão que a sustentabilidade do projecto a mais alto nível estará dependente da quantidade (e qualidade) dos apoios angariados.
Read More

Portugal - Espanha: Antevisão

Em vez da tradicional "Banca de Apostas", o Pé d'Atleta achou por bem dedicar a ambos os jogos das meias-finais do Euro 2012 a atenção que eles merecem, oferecendo a sua perspectiva daquilo que poderão ser os dois encontros.

Assim, é já amanhã que, em Donetsk, Portugal e Espanha entram em campo para disputar a primeira vaga na grande final agendada para o próximo Domingo, em Kiev. E que grande jogo irá certamente acontecer naquela cidade ucraniana! De um lado, a campeoníssima Espanha, dona e senhora de um tremendo potencial individual e colectivo; do outro, a selecção portuguesa, que tem apresentado um futebol de alto quilate, e que conta com o melhor jogador europeu da actualidade.

Os treinadores deverão apresentar sensivelmente os mesmos "onzes" com que têm habituado as respectivas massas adeptas, contudo, as nuances tácticas e, no caso português, a ausência forçada de Postiga (por lesão) devem forçar Paulo Bento e del Bosque a certos reajustamentos. Desde logo, acreditamos que Paulo Bento lançará Nélson Oliveira ou Varela na frente de ataque - a Espanha, em princípio, ditará as leis no que diz respeito à posse de bola, pelo que o treinador português, numa lógica de contra-ataque, deverá optar por um homem mais rápido em detrimento de Hugo Almeida; por seu turno, del Bosque não deverá colocar Torres "em cunha" na frente de ataque - o técnico espanhol já fez menção à qualidade da dupla de centrais portuguesa (que tem estado implacável), o que deve fazer com que aposte numa tentativa de a desposicionar (usando Fàbregas), facilitando desse modo os movimentos verticais de Iniesta e Silva.

Ora, cremos que Portugal é a equipa que mais dificuldades pode criar à Espanha, desde logo porque só os nomes de Nani e Ronaldo deverão ser suficientes para conter as subidas frequentes (e muito importantes no processo de construção espanhol) de Jordi Alba e Arbeloa. Isto deverá fazer com que o jogo de nuestros hermanos se torne mais afunilado e previsível, o que certamente será bom para as nossas cores.

Por outro lado, Portugal deverá ter, à semelhança do que aconteceu no jogo de estreia com a Alemanha, bastantes dificuldades na saída de bola. A pressão dos espanhóis é habitualmente alta e, acima de tudo, intensa, motivo pelo qual não será muito fácil os nossos médios conseguirem libertar Ronaldo e Nani com qualidade.

Sendo certo que a Espanha terá mais bola, será muito importante a acção do nosso meio-campo, especialmente a zona onde recuperarem a bola. Um Portugal demasiado recuado poderá ter sérios problemas com um adversário temível como a Espanha (especialista a aproveitar erros contrários); ao invés, um Portugal personalizado, coeso e clarividente, poderá, a nosso ver, e aproveitando os dois dias de descanso a mais de que dispôs, causar meia surpresa e avançar para a final.

O Pé d'Atleta acredita na qualidade dos nossos jogadores e equipa técnica e, por isso, prevê (mais) um dia de festa em todos os sítios onde houver portugueses!! FORÇA PORTUGAL!

Read More

River Plate - O regresso às origens!


O River Plate, clube de futebol com mais títulos na Argentina, regressa ao escalão principal, depois de uma época a disputar o campeonato da 2ª Divisão. Motivo de grande orgulho para adeptos, jogadores, treinador e direcção, que conseguiram evitar o desparecimento deste colosso do futebol, fazendo-o regressar de forma tão rápida ao seu posto habitual, a 1ª Divisão.
É que não falamos de um clube qualquer, nem mesmo de um clube cuja projecção e impacto se confine à Argentina! Entre outras coisas, venceu já duas Copas Libertadores, uma Supercopa Libertadores e uma Taça Intercontinental. Pelas suas fileiras passaram nomes como Aimar, Saviola, Ariel Ortega, Mascherano ou Marcelo Salas, entre muitos outros.

Seria por isso lamentável a falta deste clube na disputa do campeonato argentino ou da Libertadores. No entanto, após uma época mergulhado no escalão secundário, o River Plate renasce, pela mão de Matias Almeyda, que consegue vingar a descida da época passada (era ainda jogador), devolvendo a glória ao clube. Um caminho de humildade, seriedade e grande empenho, percorrido pelos jogadores e toda a estrutura.

Ora, contrariamente ao que costuma acontecer, o River não foi abandonado pelas suas mais importantes figuras, podendo mesmo contar com a presença de jogadores de grande experiência e gabarito. Neste particular, destacamos dois jogadores, determinantes na conquista da subida de divisão: Cavenaghi e Trezeguet!


E a verdade é que Trezeguet assumiu um papel de grande destaque na equipa, conseguindo cumprir o sonho de devolver o seu clube do coração à 1ª Divisão do futebol argentino. O avançado francês, filho de pais argentinos contribuiu com 13 golos no campeonato, realizando grandes exibições, juntamente com outros veteranos como Ponzio, Ledesma ou "Chori" Dominguez.

Neste momento, o River prepara uma nova época, com a intenção de reforçar convenientemente a sua equipa, nos sentido de lhe conferir o nível de competitividade necessário para lutar por objectivos tão ambiciosos quanto a história do próprio clube. Por isto, aguardamos com alguma curiosidade a construção do próximo plantel, que certamente irá proporcionar aos adeptos do futebol variadíssimos momentos de bom espectáculo desportivo.

Felicitamos o espírito deste clube, que, como já dito, conseguiu manter muitos dos seus jogadores neste momento complicado, um pouco à semelhança do que aconteceu por exemplo com Del Piero e Buffon na Juventus, aquando da sua despromoção.




Read More