River Plate - O regresso às origens!
O River Plate, clube de futebol com mais títulos na Argentina, regressa ao escalão principal, depois de uma época a disputar o campeonato da 2ª Divisão. Motivo de grande orgulho para adeptos, jogadores, treinador e direcção, que conseguiram evitar o desparecimento deste colosso do futebol, fazendo-o regressar de forma tão rápida ao seu posto habitual, a 1ª Divisão.
É que não falamos de um clube qualquer, nem mesmo de um clube cuja projecção e impacto se confine à Argentina! Entre outras coisas, venceu já duas Copas Libertadores, uma Supercopa Libertadores e uma Taça Intercontinental. Pelas suas fileiras passaram nomes como Aimar, Saviola, Ariel Ortega, Mascherano ou Marcelo Salas, entre muitos outros.
Seria por isso lamentável a falta deste clube na disputa do campeonato argentino ou da Libertadores. No entanto, após uma época mergulhado no escalão secundário, o River Plate renasce, pela mão de Matias Almeyda, que consegue vingar a descida da época passada (era ainda jogador), devolvendo a glória ao clube. Um caminho de humildade, seriedade e grande empenho, percorrido pelos jogadores e toda a estrutura.
Ora, contrariamente ao que costuma acontecer, o River não foi abandonado pelas suas mais importantes figuras, podendo mesmo contar com a presença de jogadores de grande experiência e gabarito. Neste particular, destacamos dois jogadores, determinantes na conquista da subida de divisão: Cavenaghi e Trezeguet!
E a verdade é que Trezeguet assumiu um papel de grande destaque na equipa, conseguindo cumprir o sonho de devolver o seu clube do coração à 1ª Divisão do futebol argentino. O avançado francês, filho de pais argentinos contribuiu com 13 golos no campeonato, realizando grandes exibições, juntamente com outros veteranos como Ponzio, Ledesma ou "Chori" Dominguez.
Neste momento, o River prepara uma nova época, com a intenção de reforçar convenientemente a sua equipa, nos sentido de lhe conferir o nível de competitividade necessário para lutar por objectivos tão ambiciosos quanto a história do próprio clube. Por isto, aguardamos com alguma curiosidade a construção do próximo plantel, que certamente irá proporcionar aos adeptos do futebol variadíssimos momentos de bom espectáculo desportivo.
Felicitamos o espírito deste clube, que, como já dito, conseguiu manter muitos dos seus jogadores neste momento complicado, um pouco à semelhança do que aconteceu por exemplo com Del Piero e Buffon na Juventus, aquando da sua despromoção.
2 comentários:
A permanência de veteranos de renome em provas duras como a segunda divisão costuma ser uma boa base para alcançar os objectivos. Traçando um paralelismo com o futebol português, a liga de honra é bastante equilibrada, não raramente acontecerem situações de dupla promoção ou dupla descida. Daí que manter um núcleo de jogadores experientes e de qualidade seja, por norma, uma opção segura.
26 de junho de 2012 às 11:54Agora, para poder realmente disputar a primeira liga com metas ambiciosas vai ser preciso um pouco mais. Sangue novo e jogadores com talento suficiente para não tardar nada até serem apontados a clubes europeus (como o caso, actualmente, do Funes Mori). E paciência dos adeptos, algo quase lírico de exigir num país da América Latina. Basta relembrar o triste cenário de guerra em torno do Monumental aquando da descida...
*não raramente acontecendo (e não "acontecerem")
26 de junho de 2012 às 11:56Enviar um comentário