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sexta-feira, 29 de junho de 2012

(R)evolução no futebol português?

Proibido o empréstimo de jogadores entre clubes da mesma divisão

A Assembleia Geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, realizada na tarde de ontem, aprovou uma norma inesperada. Por proposta do Nacional da Madeira, a partir da época 2012/2013, estão impedidos os empréstimos de jogadores entre clubes do mesmo escalão, tal como já se verifica na Premier League inglesa.
Apenas afirmamos que a mesma é inesperada pelo facto de não ter havido uma discussão pública prévia, como é hábito nas ocasiões em que têm que se tomar decisões importantes no âmbito do futebol profissional português.
A medida mereceu o voto favorável de 19 clubes, 9 votos contra e 1 abstenção, tendo sido entendido pelos clubes de que a criação das equipas "B" tornam este empréstimos injustificados.
Para ser efectivamente aplicada, esta alteração terá agora que ser ratificada em Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol.

Com esta medida aprovada, muitas serão agora, certamente, as opiniões que os adeptos do futebol terão.
Por um lado temos a possibilidade de os jogadores jovens que não têm lugar no plantel principal continuarem a sua carreira "em casa", com as condições que um clube de topo oferece. Acabam também as situações de os jogadores emprestados defrontarem a sua "equipa-mãe" e com isso todas as desconfianças que tantas vezes se geram na véspera desses jogos.
Por outro lado verificamos que esses mesmos jogadores jovens, caso não entrem nas contas do treinador, não terão a possibilidade de competir no escalão máximo do futebol português, podendo aspirar, no máximo, a um lugar num plantel da Liga de Honra.

Naturalmente, o Pé d'Atleta pretende saber a opinião dos seu leitores, contribuindo para uma sã discussão desta nova variável introduzida nas nossas competições profissionais.

1 comentários:

HCG disse...

É uma medida que visa potenciar as equipas B. Alguns jogadores, lembro-me do Atsu, já afirmaram que não querem jogar na liga de honra(o que é compreensível pois para alguns seria um claro retrocesso) e assim não teriam alternativa a aceitar jogar nas B.
Por outro lado as equipas B absorvem esses jogadores e deixam de fazer sentidos empréstimos (mas o propósito das equipas B será absorver jogadores excedentários?)

Em suma o raciocínio é totalmente falacioso!

Haverá muitos mais empréstimos a clubes estrangeiros.

Vamos retirar da nossa liga Atsu, Ruben Amorim, Adrien, Yazalde, Miguel Lopes, Kelvin, Melgarejo, Oblak, Wilson Eduardo ou Urreta da nossa liga, para os emprestar a clubes gregos ou romenos.

É óbvio que a liga de honra não serve os propósitos destes jogadores, mas é óbvio que estes são um factor de competitividade na liga portuguesa e até de sustentabilidade dos clubes pequenos, que de outra forma não teriam acesso sem grande investimento a jogadores desta qualidade.

Ou isso ou temos o paradoxo de ter melhores jogadores na honra que na primeira liga.

Além do mais, ou se acredita no profissionalismo dos jogadores ou estabelece-se uma proibição de jogar contra o clube mãe.

As equipas B servem para potenciar jogadores das escolas e não para funcionar como uma espécie de liga de reservas.

Aliás, começo até a perguntar-me se não era melhor um sistema de campeonato de reservas.

Na liga inglesa funciona este sistema? E o Adebayor não é emprestado do City? E o Bendtner do Arsenal?

Mas a assim ser, não é comparável, porque os clubes de segunda linha inglesa têm capacidade financeira para adquirir jogadores de capacidade similar à segunda linha dos grandes.

Em suma é uma medida incompreensível, de certeza pouco ponderada e que irá diminuir a competitividade da liga portuguesa (que é tudo o que não precisamos)

30 de junho de 2012 às 12:47

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