Grupo A: Polónia 0-1 Rep. Checa
Herdeiros de Poborsky e de Charisteas à espera de Portugal
Na óptica do utilizador, as contas eram fáceis de fazer. Quem ganhasse o jogo garantia, sem mais, uma vaga nos quartos de final. Para os checos, o empate até seria suficiente, desde que a Grécia não fizesse o impossível: vencer a Rússia. Esse foi o quid deste encontro; o imprevisto sucesso helénico veio complicar as contas, feitas tendo em conta uma vencedora antecipada. Uma “vencedora”, contudo, do título de desilusão da prova até ao momento, motivada sobretudo pelas elevadas expectativas criadas no primeiro jogo, de contornos de goleada.


Desespero russo a quilómetros nesse preciso momento. A grande favorita a vencer o grupo e a selecção organizadora estavam, salvo uma inversão de cenários já improvável, afastados da fase decisiva da prova. Aos 90+3’, o drama atingiu proporções bíblicas, com Wasilewski a disparar perante um Petr Cech já batido, valendo sobre a linha a cabeça de Kadlec.
Lágrimas polacas e euforia checa. E nem foi preciso Rosicky. Cai a Polónia, uma equipa que, a espaços, foi capaz de nos surpreender com futebol de elevada qualidade e alma. De qualquer das maneiras, e se os deuses do futebol estiverem connosco, Portugal haverá de exorcizar um de dois demónios: o de Charisteas (2004) ou o de Poborsky (1996), este último exactamente na mesma fase da competição. Oxalá amanhã tenhamos razões para celebrar.
Polónia: Tyton, Boenisch, Wasilewski, Perquis, Piszczek, Dudka, Polanski (Grosicki), Blaszczykowski, Murawski (Mierzejewski), Obraniak (Brozek), Lewandowski
Rep. Checa: Cech, Limbersky, Sivok, Kadlec, Selassie, Hubschman, Plasil, Pilar (Rezek), Kolar, Jiracek (Rajtoral), Baros (Pekhart)
Golos: 0-1: Jiracek, 72’
1 comentários:
E tivemos mesmo motivos para celebrar! Agora com a República Checa, aconselha-se ao almoço um caldozinho de galinha e cautelas ao jantar. Parece-me que Limbersky e Gebre Selassie vão ser bem mais complicados do que Willems e Van der Wiel, tanto a defender como a atacar, a dupla Hubschman e Plasil empresta ao meio-campo uma certa consistência e muita atenção tanto ao Pilar como ao Jiracek, ambos bastante rápidos e pouco toscos.
18 de junho de 2012 às 14:05Se jogar o Rosicky em vez do Kolar, ainda mais perigosos poderão ser, sobretudo da meia distância.
Anyway, se jogarmos aquilo que sabemos dificilmente cairemos nos quartos. Deixem-nos sonhar.
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