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quinta-feira, 7 de junho de 2012

II Divisão - Conheça os dois promovidos à Orangina

Tarde de festa na Póvoa. O clube da casa soube puxar dos galões para se impor ao Fátima por quatro bolas a uma, apenas restando saber quem levará as faixas de campeão para casa, se Varzim ou Tondela. No fundo, uma mera formalidade face ao que realmente se encontrava em jogo:  a subida à Liga Orangina.

Duas equipas a subir ao segundo escalão, duas realidades e histórias diferentes.


O Tondela, fundado em 1933, espreita pela primeira vez para o terraço dos principais campeonatos. Feito notável, se considerarmos que ainda há dois anos atrás militava na III Divisão. Um trajecto semelhante ao experimentado pelo Arouca, emblema que tem sido capaz de sobreviver na depois de uma meteórica ascensão  dos distritais aos nacionais.

Será complicado avançar com uma previsão daquilo que serão capazes de fazer na próxima temporada. Falamos de uma pequena localidade com cerca de 4500 habitantes, do interior do país. Um clube modesto, portanto. Destacaríamos a forte aposta em jogadores nacionais, à excepção de dois atletas de nome curioso, Piojo (argentino) e Rafael Batatinha (brasileiro) - este último já de acordo firmado com o Beira-Mar para 2012/13. À margem de qualquer dúvida, uma das principais base do sucesso recente encontra-se na sua solidez defensiva; o CD Tondela foi um dos que menos viagens fez até ao fundo das suas redes, conseguindo terminar a época com um dos melhores registos neste capítulo no conjunto de todas as divisões.
Veremos a que metas se proporá o "Norwich da Península Ibérica"


Já o Varzim tem um trajecto inverso. Viu-se relegado em 2001/02 à Liga de Honra depois de uma primeira volta auspiciosa. Na altura, Luís Campos conseguiu fazer "magia" ao comando da equipa, consumando a despromoção na última jornada. A falta de verbas e de investidores, bem como alguma falta de sorte, não ajudaram para que se proporcionasse nova subida à Primeira Liga. O ano passado caiu dramaticamente na II Divisão, a "divisão das incertezas", fúnebre até para muitos ex-gigantes.


Esta subida pode servir de estímulo para que um dos representativos clubes do Norte do país se volte, verdadeiramente, a afirmar como um potencial primodivisionário a curto/médio prazo. O Moreirense é a mais cabal demonstração de que tal não é impossível.

Tanto uma como outra equipa terão tempo para festejar. Convirá, não é demais dizê-lo, fazer uma racional abordagem ao mercado. Os exemplos negativos de querer viver acima das possibilidades têm se sucedido, ao ponto de ser possível construir uma liga inteira de míticos clubes extintos. Haja ponderação, mas sem deixar de lado a ambição.

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