O que achou da prestação de Portugal no Euro 2012?

domingo, 1 de julho de 2012

O dia da grande decisão: antevisão da final do Euro 2012

Chegou o dia pelo qual todos os amantes do futebol esperaram durante este último mês. Disputa-se hoje, em Kiev, a final do Euro 2012, entre a campeã em título, Espanha, e a Itália. Quando os relógios marcarem 19:45 (hora portuguesa), a bola começa a rolar e faltará pouco tempo para se conhecer a equipa que se sagrará campeã europeia.

Antes de mais, nota de destaque para o homem do apito. Pedro Proença entra para a história como o primeiro a arbitrar na mesma época as finais da Champions e de uma grande competição de selecções. Já que a selecção portuguesa ficou às portas do jogo decisivo, fazemos votos que a equipa de arbitragem faça um bom trabalho, deixando o papel decisório para os futebolistas.

Esta final fica marcada pelo prognóstico do polémico presidente da UEFA, Michel Platini. Previra este uma final entre Espanha e Alemanha. Como pudemos ver durante a semana, esteve a dois ferros e alguns milímetros de se enganar redondamente. 

A Itália chega ao derradeiro jogo com o rótulo de equipa sensação, contrariando todas as previsões, mas tendo todo o mérito. Foi a única equipa a obrigar Casillas a ir ao fundo das redes (golo de Di Natale), passando em segundo lugar do grupo C à frente de um osso duro de roer chamado Croácia. Eliminou a Inglaterra apenas no desempate por grandes penalidades, não obstante ter mostrado ter futebol mais do que suficiente para evitar o desgaste suplementar. Contra a Alemanha, o excêntrico Balotelli fez questão de ligar o "descomplicador"ainda antes do intervalo com dois belos golos.
O que poderemos esperar hoje da squadra azzurra? No primeiro jogo diante da Espanha a aposta recaiu num esquema táctico assente num compacto bloco defensivo, mas sempre espreitando as saídas rápidas para o ataque, num misto entre 3-5-2 e 5-3-2.

Hoje, e à semelhança dos restantes encontros disputados, adoptará a Itália uma disposição com uma linha fixa de quatro elementos? Ou voltará à fórmula do primeiro jogo, numa clara adaptação ao estilo de jogo espanhol? De nossa parte, e considerando os índices motivacionais da equipa, apostaríamos na repetição do onze do jogo diante da Alemanha, conforme ilustra a segunda imagem. 

Figuras: Buffon. Tem estado irrepreensível. Concentrado o suficiente para solucionar os lances aparentemente mais simples, gigante para suster os disparos mais complicados, revelou-se decisivo nos penalties dos quartos-de-final, bem como nas meias ao suster o livre de Reus numa fase decisiva do encontro. A segurança que inspira tranquiliza o seu sector recuado.

Pirlo. Dá gosto vê-lo jogar. Aos 33 anos comanda a linha intermédia com toda a classe, socorrendo-se de passes inacreditáveis (sua imagem de marca), de dribles eficazes e de um óptimo sentido posicional. Um dos candidatos a figura do Euro 2012.

Balotelli. Não poderíamos deixar de destacar o homem que "prometeu" marcar 4 golos a Casillas. Pode ser extremamente controverso, impertinente até, mas tem vindo a mostrar que consegue ser decisivo. Fosse mais equilibrado...

Do outro lado, temos uma Espanha fidelíssima a uma filosofia de jogo que, até à data, não vê motivos para modificar. Isto apesar de ter sido catalogada pela imprensa como "aborrecida". Empolgante ou entediante, os factos falam por si: estão a uma vitória de entrar para a história como a primeira selecção a ganhar consecutivamente três grandes competições. Dúvidas, a existir, apenas se situarão na frente de ataque. Já jogaram Fàbregas, Torres e Negredo. O primeiro foi o responsável pelo golo do empate no primeiro jogo e o segundo bisou frente à Irlanda. Veremos em quem apostará Del Bosque. Eis a nossa aposta:


Figuras: Jordi Alba. O Barcelona não dorme e já assegurou os préstimos deste versátil lateral para as próximas temporadas. O periódico espanhol Marca fala de Alba como um jovem com uma postura de "veterano do Vietname". Eficiente tanto a atacar como a defender, assistiu Xabi Alonso para o 1-0 contra a França.

Iniesta. Um dos médios mais talentosos do futebol mundial, apenas lhe falta marcar para coroar o seu excelente desempenho com as cores espanholas no Euro 2012. Relembramos que foi ele o responsável, na segunda parte do prolongamento, pelo tento que carimbou o título mundial na África do Sul.

David Silva. Dono de uma técnica invejável, teve um desempenho discreto frente a Portugal. Tal foi, porém, uma excepção. Silva tem sido dos elementos preponderantes da roja e tem talento suficiente para desequilibrar uma eliminatória. Como a de hoje, por exemplo.

Falta pouco tempo para o jogo de todas as decisões. Conseguirá Balotelli vulgarizar Piqué ou Ramos com fez com Badstuber? Voltará a Espanha a abdicar de um "nove" puro? Terá a Itália capacidade para tornar inofensiva a posse de bola espanhola? A resposta a estas perguntas poderá ditar o novo dono do troféu.

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